Para acelerar as aprovações, defensivos agrícolas de baixo impacto tem prioridade

A análise e o registro de defensivos agrícolas de baixo impacto estão sendo priorizados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “Neste ano, já foram registrados 65 produtos dessa classe, que são importantes para o controle de pragas e por representarem baixo risco para a saúde humana e para o meio ambiente”, ressalta Carlos César Floriano, CEO do Grupo VMX.

O Mapa tem empreendido esforços para aumentar a oferta dessa classe de produtos. Entre as medidas adotadas, está o reforço das equipes que analisam produtos fitossanitários de base biológica e a priorização dessas análises, acelerando suas aprovações. Atualmente, enquanto um agrotóxico químico leva em média cinco anos para ser registrado, um produto de base biológica não leva mais do que um ano graças a essas priorizações. Segundo Carlos César Floriano, “Além disso, o Mapa lançou recentemente o Programa Nacional de Bioinsumos, para incentivar a utilização de recursos biológicos na agropecuária brasileira”, diz.

Para serem registrados, os defensivos agrícolas devem ser avaliados e aprovados pelo Ministério da Agricultura quanto à eficiência agronômica, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quanto ao impacto para a saúde humana e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) quanto aos impactos ao meio ambiente.

Carlos César Floriano detalha recorde de registros em 2020

Em 2020, foi registrado um recorde de produtos de baixo impacto no Brasil, com o total de 95 biopesticidas, importantes ferramentas para tornar a agricultura brasileira ainda mais sustentável. A expectativa para este ano é ultrapassar este número.

O Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas, da Secretaria de Defesa Agropecuária, em 2020 apresentou 95 registros de produtos formulados, ou seja, defensivos agrícolas que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores. Conforme informações de Carlos César Floriano, “Desse total, cinco são inéditos, formulados a partir de ingrediente ativo piroxasulfona, isoladamente ou em mistura com outros ingredientes ativos, dez são biológicos microbiológicos e um feromônio”, esclarece.

Este recorde conseguido em 2020 contribuiu para a sustentabilidade da agricultura nacional, pois os produtos biológicos e microbiológicos não deixam resíduos nas culturas. São produtos formulados a partir de agentes biológicos de controle de pragas como vírus e bactérias que atacam somente as pragas da lavoura e não causam nenhum efeito tóxico ao ser humano ou ao meio ambiente.

“Anteriormente, 2018 havia sido o ano que mais teve registros de baixo impacto, com 52 produtos autorizados”, explica Carlos César Floriano. Os produtos que utilizam agentes de controle biológicos na sua formulação são alternativas de controle para os agricultores no combate às pragas, ao mesmo tempo em que, contribuem para o aumento da sustentabilidade da agricultura nacional.

Produtos inéditos

A piroxasulfona é uma molécula herbicida que será utilizada para controle de plantas daninhas nas culturas do café, cana-de-açúcar, eucalipto, milho, soja, trigo, amendoim, batata, cevada, fumo, girassol e mandioca. Segundo Carlos César Floriano, “A molécula é menos tóxica que alguns herbicidas já comercializados atualmente”, informa.

Outra novidade é o registro da flubendiamida. Até hoje, havia um produto formulado contendo essa molécula, produzido e comercializado por apenas uma companhia, com isso, está sendo quebrado o monopólio da flubendiamida. Com esse registro, o mercado tende a ser mais justo e os preços mais acessíveis para o produtor rural.

“Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país”, conforme as informações de Carlos César Floriano. Os produtos foram analisados e aprovados pelo Ministério da Agricultura, pelo Ibama e pela Anvisa, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

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